Para
evitar um maior desgaste com a adoção de uma medida impopular, o Palácio do
Planalto decidiu pagar em setembro a antecipação da primeira metade do 13º dos
aposentados. Por conta das dificuldades financeiras nas contas públicas, o
Ministério da Fazenda havia defendido o pagamento do adiantamento em duas
parcelas, a primeira no mês que vem e a segunda, em outubro.
Em nota, a
Secretaria de Comunicação da Presidência da República afirmou que a presidente
Dilma Rousseff decidiu nesta segunda-feira, 24, pagar a primeira parcela a
partir do dia 24 de setembro. Os outros 50% serão pagos em novembro.
Em meio à
deterioração dos indicadores econômicos, com queda na arrecadação, o governo
federal não antecipou o pagamento em agosto, como vinha sendo feito desde 2006.
Ao optar por fazer o pagamento da primeira metade de uma vez só, Dilma seguiu a
orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recomendou que não
se abrisse uma nova crise em tempos de baixa popularidade do governo.
O
adiamento no pagamento provocou reação do Sindicato Nacional dos Aposentados,
Pensionistas e Idosos (Sindinapi), que acusou o governo de gerar “um colapso
nas finanças de grande parte dos aposentados e pensionistas, que já empenharam
esse dinheiro”.
Antes do
anúncio oficial do governo, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), alertou para
o risco de haver uma proliferação de ações judiciais, caso o parcelamento da
antecipação não fosse revisto.
Apesar da
cautela com o Planalto com a antecipação, a própria presidente e os ministros
da área econômica já receberam, em julho, 50% de suas remunerações extras. Em
agosto, o governo federal pagou metade do 13.º salário dos servidores da União.
Fonte: Estadão
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