segunda-feira, 31 de julho de 2017

Sociólogo diz que elite faz classe média de boba


Para quem quiser compreender o Brasil atual e o ambiente de ódio construído pela elite brasileira, com apoio da mídia e da classe média imbecilizada, vem aí o terceiro livro do ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Jessé Souza. “A Elite do Atraso – da Escravidão à Lava Jato” sai agora em agosto, completando uma trilogia –
“A Tolice da Inteligência Brasileira” , de 2015 e “A Ralé Brasileira”, de 2009.
    

O sociólogo antecipou em entrevista ao repórter Sérgio Lirio, da revista Carta Capital, o ex-presidente do IPEA não usa meias palavras no diagnóstico:
“Somos, nós brasileiros, filhos de um ambiente escravocrata, que cria um tipo de família específico, uma Justiça específica, uma economia específica. Aqui valia tomar a terra dos outros à força, para acumular capital, como acontece até hoje, e humilhar e condenar os mais frágeis ao abandono e à humilhação cotidiana. Essa herança nunca foi refletida e criticada, continua sob outras máscaras. O ódio aos pobres é tão intenso que qualquer melhora na miséria gera reação violenta, apoiada pela mídia. E o tipo de rapina econômica de curto prazo que também reflete o mesmo padrão do escravismo”.
Há , segundo o sociólogo um inegável sentimento de  irritação com a presença de pobres em shopping centers e nos aeroportos, que ganharam aspecto de estações rodoviárias  nos últimos 14 anos. ”A irritação aumentou quando os pobres passaram a frequentar as universidades”.
À luz da Ciência Social, Jessé Souza nos leva a compreender porque  “ o moralismo seletivo tem servido para atingir os principais agentes dessa pequena ascensão social, Lula e o PT. São o alvo da ira em um sistema político montado para ser corrompido, não por indivíduos, mas pelo mercado. São os grandes oligopólios e o sistema financeiro que mandam no País e que promovem a verdadeira corrupção, quantitativamente muito maior do que essa merreca exposta pela Lava Jato. O procurador-geral, Rodrigo Janot, comemora a devolução de 1 bilhão de reais aos cofres públicos com a operação. Só em juros e isenções fiscais o Brasil perde mil vezes mais”.
É preciso explicitar o papel da elite, que prospera no saque e na rapina. Jessé fará isso no seu novo livro, segundo ele mesmo adianta à Carta Capital. “A classe média é feita de imbecil. Existe uma elite que a explora. Basta se pensar no custo da saúde pública. Por que é tão cara? Porque o sistema financeiro se apropriou dela. O custo da escola privada, da alimentação. A classe média está com a corda no pescoço, pois sustenta uma ínfima minoria de privilegiados, que enforca todo o resto da sociedade. A base da corrupção é uma elite econômica que compra a mídia, a Justiça, a política, e mantém o povo em um estado permanente de imbecilidade”.




quinta-feira, 27 de julho de 2017

Caixa pressiona trabalhador a contratar serviços em saques do FGTS

 

Trabalhadores com direito a sacar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) afirmam que foram pressionados por funcionários da Caixa para contratar serviços do banco como condição para a liberação do dinheiro.
Há também relatos de oferta inadequada de produtos para aplicação do dinheiro, como informar que planos de previdência privada são isentos de taxas e impostos.
O pagamento do FGTS, seja das contas inativas ou por demissão sem justa causa, é um serviço público prestado pela Caixa e não pode ser atrelado a nenhum outro tipo de contratação de produtos financeiros.
O ProconSP diz que a prática de obrigar o consumidor que for sacar o FGTS a comprar ou contratar qualquer outro produto ou serviço bancário é abusiva.
“O banco pode até oferecer a contratação de um serviço, mas não pode vincular o saque do FGTS a essa contratação. O consumidor só aceita se for de seu interesse.”
Os Procons recomendam que o trabalhador se negue a contratar qualquer produto que não deseje e que recorra aos órgãos de defesa do consumidor caso tenha pago por um serviço nessas condições.
Ranking de reclamações do BC mostra a Caixa como a instituição com mais queixas de
Procurada, a Caixa disse que “os casos não coincidem com a política de atendimento do banco” e que “não vincula ou condiciona, sob nenhuma hipótese, a liberação dos recursos do FGTS à aquisição de outros serviços ou produtos financeiros”.
O Banco Central diz que não recebeu reclamações relacionadas a saque do FGTS.

Fonte: Folha de São Paulo/CNTC 

quarta-feira, 19 de julho de 2017

A Evolusom/Via Verdi Veículos é campeã do XXV TORCOMAR



A decisão do TORCOMAR/2017 ocorreu no último domingo, dia 16 de julho, com quatro jogos bem disputados e um bom público nas arquibancadas do Clube Campestre. Na decisão do terceiro lugar deu
Noma Motors Toyota/Barbearia do Zé/Banana San Tome contra  a Cofebral – 1 a 0.

A decisão do título também teve placar apertado, o que mostra o equilíbrio da competição, da primeira a última rodada. A Evolusom/Via Verdi venceu a equipe da Vidraçaria Vidroman/Vidraçaria Vitória pelo placar de 2 a 1.





sexta-feira, 14 de julho de 2017

O repúdio das centrais sindicais à reforma trabalhista


Veja a íntegra da nota conjunta de seis centrais repudiando o assassinato da CLT,  sacramentado pelo presidente Temer ao sancionar neste 13 de julho, a lei da Reforma Trabalhista:

NOTA OFICIAL DAS CENTRAIS SINDICAIS
As centrais sindicais reiteram sua oposição à proposta sancionada pelo presidente Michel Temer. Seu caráter injusto e cruel não só acaba com direitos consagrados, como também impõe à classe trabalhadora uma realidade de precarização, com jornadas de trabalho de 12 por 36 horas; a exposição das mulheres gestantes e lactantes a ambiente de risco; o trabalho intermitente de forma indiscriminada; o fracionamento do direito de férias, antes integral e de 30 dias; entre muitas outras perdas.
Essa reforma também ataca frontalmente o movimento sindical, quebrando a espinha dorsal dos sindicatos, trincheira de resistência e que ao longo de décadas contribui para a construção de nossa democracia.
As centrais sindicais reafirmam sua unidade, resistência e luta em defesa da classe trabalhadora. Seguiremos mobilizadas e resistentes em defesa da democracia, da soberania, da nação e dos direitos do nosso povo.
São Paulo, 13 de julho de 2017
Antonio Neto, presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
Adilson Araujo, presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Vagner Freitas, presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores
João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical
José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores”



quinta-feira, 6 de julho de 2017

A nova logo do SINCOMAR




Lutas e conquistas marcam a história do SINCOMAR. E essa história foi traduzida em linguagem gráfica pelo design Erick Stacy na nova versão da logomarca do sindicato e escolhida, entre três artes, pelo voto dos comerciários. A pesquisa foi feita via site e nela votaram os associados que concorreram a uma bicicleta de 18 marchas. A byke foi entrega ao ganhador no último dia 5 de julho. O jovem Lucas Vinícius Presence Sanches, da Zacarias Veículos, recebeu o prêmio das mãos do presidente Leocides Fornazza e do diretor social Celso Schwind.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

PL do desmonte da CLT será votado em regime de urgência no Senado



Acaba de ser aprovado pelo Plenário do Senado, o requerimento da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC) para que o PLC. 38/2017 que trata do desmonte das leis trabalhistas e sindical. O requerimento na CCJC foi de iniciativa do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e aprovado na reunião de 28/6. Com a urgência aprovada, passará o projeto a ser discutido  amanhã (dia  5/julho), com início às 14 horas sendo limitada a discussão até as 22 horas, na quinta-feira (dia 6) haverá discussão dos senadores que não falaram na quarta e outros que queiram falar novamente, com sessão das 11h até às 14 horas. Na terça-feira será deliberado  (dia 11) o projeto, emendas e os destaques para votação em separado. O requerimento foi aprovado por 46 votos sim e 19 não. Portanto, a decisão final sobre a matéria será na terça-feira segundo anunciado pelo presidente do Senado Federal, sen. Eunício Oliveira.

Fonte: CNTC


Distribuidora terá de indenizar motorista que não tinha condições apropriadas para descanso


A Megafort Distribuidora Importação e Exportação Ltda., em Contagem (MG), foi condenada em R$ 15 mil por danos morais pela Justiça do Trabalho por permitir que um motorista pernoitasse na cabine do caminhão em condições inapropriadas de saúde e segurança. A decisão é da Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que manteve condenação imposta pela instância anterior.

Na ação ajuizada na 1ª Vara de Trabalho de Juiz de Fora, o motorista informou que pernoitava três vezes por semana dentro da cabine do caminhão em que trabalhava, pois a empresa não concedia valor suficiente para hospedagem. Segundo ele, não havia jeito de dormir na própria cabine, por falta de espaço, uma vez que existia um cofre entre o banco do carona e o do motorista.
A Megafort alega que não havia obrigatoriedade do empregado dormir no caminhão e que lhe eram pagos os valores de diárias. Para a empresa, não há qualquer ilegalidade ou ação que justifique o dano moral. Segundo ela, o fato de o empregado ter pernoitado no interior do veículo em nada lhe prejudica, não ocasiona nenhum abalo em sua personalidade e em sua valoração social.
No recurso para o TST, a Megafort reiterou a informação sobre as boas condições da cabine e de segurança nos estacionamentos. Mas o relator do processo, ministro Cláudio Brandão, entendeu que a conduta da empresa ao não fornecer as medidas de saúde e segurança compatíveis exercidas demonstra a sua negligência e omissão quanto às normas de segurança e saúde do trabalho. Brandão lembrou que o TST possui entendimento de que a necessidade de pernoitar no interior do veículo não revela, por si só, prejuízo ao empregado, mas o dano ficará configurado quando comprovada a inadequação do ambiente.
Fonte: TST

segunda-feira, 3 de julho de 2017

5 maldades da reforma trabalhista




 1. Grávidas e lactantes poderão trabalhar em lugares insalubres. Se aprovada, a reforma permitirá que mulheres grávidas ou que estão amamentando trabalhem em lugares insalubres de grau médio e mínimo. Só ficará proibido o grau máximo. Nos locais insalubres, as trabalhadoras terão contato com produtos químicos, agentes biológicos, radiação, exposição ao calor, ambiente hospitalar de risco, frio intenso e outros.
2. Assédio moral e sexual será precificado de acordo com condição social da vítima. Caso esse crime seja cometido pelo patrão, a vítima será indenizada de acordo com o salário que ela recebe. As trabalhadoras que ganham menos ficarão mais vulneráveis. “Uma gerente que for assediada ganhará uma indenização maior do que uma secretária. Assim, sairá mais barato assediar as trabalhadoras do chão de fábrica”, explica a senadora Gleisi Hoffmann.
3. Mulheres deixarão de ter direito a descanso. A reforma revoga o artigo 384 da CLT. Na prática, acaba com o direito da mulher descansar 15 minutos, como previsto hoje, antes de começar uma jornada extraordinária, ou seja, a hora extra. No passado, o Superior Tribunal Federal (STF) decidiu que esse dispositivo é constitucional devido à dupla jornada de trabalho das mulheres.
4. Trabalho de 12 horas seguidas por dia. O governo quer aprovar uma medida que permita que o trabalhador possa ter jornada de 12 horas e descanso de 36 horas, quando a legislação brasileira hoje estabelece jornada máxima de 8 horas. Levando em conta que o patrão tem muito mais poder na hora de negociar, o trabalhador ficaria exposto a jornadas exaustivas que podem comprometer sua saúde.
5. Trabalho intermitente. Nesse tipo de trabalho o empregado não tem vínculo com a empresa, nem horário certo, mas fica a disposição do patrão 24h por dia e só recebe as horas trabalhadas. Funciona assim: quando a empresa chamar, a pessoa trabalha 4h. Se não voltar a chamar o trabalhador só receberá por essas 4h. E se ela não quiser mais os serviços não haverá rescisão de contrato, férias, décimo terceiro. Sindicatos classificam essa jornada como a "escravidão do século 21".
Fonte: Site da CUT