* Blog do Sakamoto
(Leonardo Sakamoto) – UOL
Disponível gratuitamente para download em versões para iPhone e Android,
o aplicativo Moda Livre avalia as ações que as principais marcas e varejistas
de roupas no país vêm tomando para evitar que as peças de vestuário de suas
lojas tenham sido produzidas por mão de obra escrava.
O Moda Livre avalia as 45
principais marcas e grupos varejistas de moda, além das empresas em que a
produção de roupa foi marcada por casos de trabalho escravo flagrados por
fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego e procuradores do Ministério
Público do Trabalho. A Repórter Brasil, responsável pelo aplicativo, convidou
todas as companhias a responder a um questionário-padrão que avalia basicamente
quatro indicadores:
1. Políticas: compromissos
assumidos pelas empresas para combater o trabalho escravo em sua cadeia de
fornecimento;
2. Monitoramento: medidas adotadas pelas empresas para fiscalizar seus fornecedores de roupa;
3. Transparência: ações tomadas pelas empresas para comunicar a seus clientes o que vêm fazendo para monitorar fornecedores e combater o trabalho escravo;
4. Histórico: resumo do envolvimento das empresas em casos de trabalho escravo, segundo o governo.
2. Monitoramento: medidas adotadas pelas empresas para fiscalizar seus fornecedores de roupa;
3. Transparência: ações tomadas pelas empresas para comunicar a seus clientes o que vêm fazendo para monitorar fornecedores e combater o trabalho escravo;
4. Histórico: resumo do envolvimento das empresas em casos de trabalho escravo, segundo o governo.
As respostas geram uma pontuação
e, com base nela, as empresas são classificadas em três categorias de cores:
verde, amarelo e vermelho. Aquelas que não responderam ao questionário, apesar
dos insistentes convites, foram automaticamente incluídas na categoria
vermelha. A razão é simples: considerou-se que elas zeraram o questionário.
Passei anos ouvindo que o consumidor é o culpado pelas
desgraças do mundo ao não adotar um comportamento mais responsável ao escolher
os seus produtos. Esse discurso, é claro, tira parte do peso da cobrança de
cima das costas de empresas e de governos e ignora um elemento básico: falta
informação de qualidade para que a maioria das pessoas possa tomar sua decisão.
Daí surgiu a ideia do aplicativo, que tive o prazer de coordenar.
O Moda Livre não recomenda que o
consumidor compre ou deixe de comprar roupas de determinada marca. Apenas
fornece informação para que faça a escolha de forma consciente. O aplicativo é
fruto da apuração da equipe de jornalismo da Repórter Brasil e do design e
desenvolvimento da agência PiU Comunica e já teve milhares de downloads.
O aplicativo, que também conta
com uma seção de notícias sobre trabalho escravo e o setor de vestuário,
atualizada quando ocorrem resgates de trabalhadores e surgem outras
informações relevantes, também pode ser encontrado na loja da Apple e no Google
Play com os termos de busca “moda livre'' e “moda livre repórter brasil''.
Nenhum comentário:
Postar um comentário