Só em 2012 cerca de 600 mil trabalhadores foram absorvidos pelo mercado de trabalho, mostrando que o comerciário faz toda a diferença quando o assunto é economia.
O comércio produziu para o país uma receita líquida de R$ 2,44 trilhões em 2012, 16,44% a mais que em 2011. É o que revela o IBGE em sua pesquisa anual do comércio divulgada nesta quarta-feira, 1º. de outubro de 2014.
O setor empregava 10,2 milhões de pessoas há dois anos e no mesmo período absorveu mais 600 mil novos trabalhadores. De acordo com o IBGE, esses profissionais receberam, em 2012, R$ 150,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. O órgão levantou as informações com base em uma amostra de mais de 80 mil estabelecimentos. A estimativa é de que, há dois anos, havia 1,613 milhão de empresas no comércio brasileiro.
O IBGE divide a atividade em três grupos: comércio varejista, atacadista e de veículos,
peças e motocicletas. A maioria dos estabelecimentos (79,8%) e de pessoas ocupadas (73,8%) está no comércio varejista. Mas é das vendas no atacado que vem a maior parcela da receita operacional líquida (43,8%, ou R$ 1,069 trilhão), seguido pelo varejo (42,9%, ou R$ 1,046 trilhão). No comércio varejista, as empresas que possuíam até 19 pessoas ocupadas geraram 40,1% (R$ 419,4 bilhões) da receita.
No varejo, os hipermercados e supermercados representaram a maior receita, R$ 257,7 bilhões (24,9% do total do segmento). A atividade também se destacou em salários, retiradas e outras remunerações (R$ 16,1 bilhões ou 17,1% do total). Em relação à receita, também se destacaram combustíveis e lubrificantes (R$ 174,7 bilhões) e material de construção (R$ 100,7 bilhões).
As lojas de departamento, eletrodomésticos e móveis se sobressaíram em termos de salário médio mensal (1,8 salário mínimo). Já as atividades que mais ocuparam no setor varejista em 2012 foram tecidos, vestuário e calçados (1,376 milhão de pessoas), produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,207 milhão) – este também com o maior número de empresas, 326,602 mil – e supermercados (1,143 milhão), a maior média por estabelecimento, com 84 trabalhadores por empresa (13.660 no total).
No comércio atacadista, o destaque ficou com as empresas revendedoras de combustíveis e lubrificantes, com 1,88 mil empresas (1% do atacado) e contribuição de 24,3% da receita líquida (R$ 249,8 bilhões).
No comércio de veículos, peças e motocicletas, a atividade de veículos automotores respondeu por R$ 220,4 bilhões da receita líquida (69,8%), ocupou 303,4 mil pessoas (31,8%), com um total de 20,6 mil empresas (13,5%). A atividade registrou a maior média de pessoal ocupado por empresa (15), o maior salário médio (3,1 salários mínimos) e a mais alta produtividade do trabalho (R$ 72,722 mil por pessoa ocupada).
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo/CNTC
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