segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Primeiras palavras foram pela união




No primeiro discurso como presidente reeleita do Brasil, Dilma Rousseff (PT) pediu união aos brasileiros depois do resultado apertado que a conduziu ao segundo mandato. Ao lado do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, Dilma disse que irá liderar a reforma política com a convocação de um plebiscito para consultar a população sobre o tema, cuja votação deverá ocorrer no Congresso Nacional.

Dilma Rousseff (PT) foi reeleita com 51,64% dos votos válidos contra 48,36% do candidato da oposição, Aécio Neves (PSDB) -  54,5 milhões votos contra 51 milhões.

Os três pontos percentuais de vantagem que elegeram a presidente Dilma Rousseff são a menor diferença entre os dois candidatos mais votados em uma eleição presidencial no Brasil desde o fim da ditadura em 1985.

“Nós vamos encontrar a força e a legitimidade para levar à frente a reforma política. Tenho convicção de que haverá interesse dos setores do Congresso, da sociedade, de todas as forças ativas da nossa sociedade para abrir discussão para implementar medidas concretas”, disse a presidente reeleita.

O discurso foi feito para cerca de 500 militantes petistas reunidos no  hotel Royal Tulip, em Brasília (DF). Dilma subiu no palanque ao lado do vice-presidente Michel Temer (PMDB). Ela iniciou o discurso – em um púlpito decorado com a bandeira do Brasil – saudando o ex-presidente Lula. Depois, agradeceu aos partidos da coligação, os militantes petistas e, por fim, os brasileiros. Com o semblante sério na maioria do tempo, a presidente Dilma sorriu pouco e, eventualmente, deixou transparecer um sentimento de alívio. Pediu três vezes para a plateia maneirasse nas manifestações para poupar a voz e fez apenas uma brincadeira, após o microfone ser trocado. “Esse microfone é bem melhor”, brincou.

Boa parte do discurso da presidente fez referência à necessidade de união e diálogo: “Não acredito, sinceramente, que essas eleições tenham dividido o país ao meio. Entendo, sim, que elas mobilizaram ideias e emoções, às vezes contraditórias, mas movidas por um sentimento comum: a busca de um futuro melhor para o país.” “Em lugar de ampliar divergência, de criar um fosso, tenho forte esperança de que a energia mobilizadora tenha me perpetrado um bom terreno para construção de pontes”, completou.

Economia

Outro tema relevante na fala de Dilma Rousseff foi a economia do país. Ela prometeu manter a política de incentivo ao salário mínimo, disse que irá se empenhar para manter a geração de empregos e que também irá ajudar no desenvolvimento econômico, em especial da indústria nacional. “Promoverei também com urgência ações localizadas, em especial, na economia para retomar nosso ritmo de crescimento para continuar os níveis altos de emprego e asseguramos a valorização dos salários. Vamos dar mais impulso a atividade econômica em todos os setores, em especial no industrial.”

A presidente afirmou ainda que vai seguir no combate à inflação, "avançando no terreno da Responsabilidade Fiscal". Dilma afirmou que vai procurar estabelecer "parceria e diálogo" com as forças produtivas do país, empenhando-se nesta tarefa "antes mesmo" do inicio de seu próximo mandato. E concluiu:
 "Quero ampliar o nosso sentimento de fé nessa nação incrível, a que nós temos o privilégio de pertencer e a responsabilidade de fazer cada vez mais próspera e mais justa". Brasil, mais uma vez, essa filha tua não fugirá À luta. Viva o Brasil e viva o povo brasileiro",


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