A audiência pública
para debater o financiamento sindical, que aconteceu na Assembleia Legislativa
de São Paulo, contou com a presença da central sindical União Geral dos
Trabalhadores – UGT, representada pelo vice-presidente Roberto Santiago e pelo
presidente da UGT-SP São Paulo, Luiz Carlos Motta.
Realizada na manhã
desta segunda-feira (30), pela primeira vez fora de Brasília, a audiência
foi convocada pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados e tem o objetivo
de elaborar um projeto de lei que regulamente, em definitivo, as questões
ligadas às contribuições sindicais.
Roberto Santiago
fez um resgate histórico da luta do movimento sindical ao longo dos anos.
Relembrou como a classe trabalhadora se organizou a partir da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) e como em 1988 o movimento conquistou a liberdade e a
autonomia sindical, o que ajudou a organizar o sindicalismo de maneira mais
ideológica, mas abriu espaço para a entrada de aproveitadores.
Santiago, que foi
muito aplaudido em seu discurso, enfatizou que a organização da classe
trabalhadora é um movimento assistencialista que disponibiliza, para o
trabalhador, serviços advocatícios, médicos, odontológicos, assim como as
colônias de férias, clubes de campo e muito mais. “O Ministério Público do
Trabalho e o Estado Brasileiro não vão preencher a lacuna que o movimento
sindical ocupa, por isso que eles precisariam ter mais compreensão e ver de
perto o que as entidades fazem pelos trabalhadores”.
Segundo Roberto
Santiago, a UGT tem clara convicção de que neste momento não se deve mexer na
contribuição sindical, pois é inadmissível que, de uma hora para outra, se
quebre um sistema que já está constituído e enfraqueça toda a estrutura
sindical.
“Este não é um
momento fácil, por isso precisamos ter muita clareza do que queremos para fazer
proposta no parlamento e na sociedade, visando esclarecer que também não
concordamos com esculhambações. O Ministério Público nos fala onde estão os
bandidos e nós vamos ajudar a tira-los do mundo sindical. Mas o que não pode
continuar acontecendo é pegar um sindicato, que está trabalhando firmemente,
que tem prédios inteiros de clínicas para atender aos trabalhadores e provocar
um desmonte disso. Isso é prejuízo para a classe trabalhadora,” conclui Roberto
Santiago.
Fonte: site da UGT
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