Os trabalhadores não podem, mais
uma vez, pagar a conta pelas insanidades de um governo que vem traindo a
classe trabalhadora”. Esse foi o tom do discurso do presidente da UGT-PARANÁ,
Paulo Rossi, durante a manifestação coordenada pela UGT e mais cinco centrais
sindicais em Curitiba (PR), na manhã de quarta-feira, (28/01). O ‘ Dia Nacional
de Luta em Defesa dos Empregos e dos Direitos dos Trabalhadores’ teve
manifestações em todas as capitais e principais cidades brasileiras. Em
Curitiba os trabalhadores reuniram-se pela manhã na Praça Santos Andrade e
encerram o ato com um abraço simbólico no prédio da Previdência Social.
Dirigentes sindicais de diversas categorias
reforçaram a disposição em manter uma vigilância permanente quanto às medidas
provisórias 664 e 665, anunciadas recentemente pelo governo federal e que
restringem e retiram direitos trabalhistas. O presidente da
Sintracoosul-Sindicato dos Trabalhadores em Cooperativas da Região Sul do
Paraná (filiado à UGT), Joel Martins Ribeiro, lembrou que ao longo dos anos a
classe trabalhadora vem sofrendo com as constantes mudanças na política
econômica brasileira.
“Enquanto empresários sangram os cofres
públicos, o governo nem ao menos acena para a reforma tributária com o devido
reajuste das alíquotas do imposto de renda. Isso faz com que milhões de
trabalhadores passem a pagar o imposto, reduzindo ainda mais o poder de consumo
da classe trabalhadora”. Por sua vez o presidente do Siemaco-Sindicato dos
Empregados nas Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba, Manassés
Oliveira, chamou a atenção para que seja mantida uma vigília constante no
Congresso Nacional: “temos de cobrar desses parlamentares o compromisso com os
trabalhadores, não aprovando as medidas provisórias que atingem diretamente o
bolso dos trabalhadores e aposentados, como o seguro-doença, abono salarial e o
seguro-desemprego. Os trabalhadores não podem ser p
enalizados pela
incompetência desse governo”, concluiu Manassés.
Para tratar do rumo que as medidas 664 e 665
terão no Congresso, está agendada para terça-feira, em Brasília uma nova
reunião da presidente Dilma com dirigentes da UGT e das outras centrais. O
governo acena com mudanças no conjunto das medidas anunciadas. Essas alterações
no texto original deverão ser apresentadas pelos deputados federais e
senadores. “Mas, nós trabalhadores, não podemos mais confiar na palavra de um
governo que traiu nossa confiança. Nossa resposta a essas medidas anti
trabalhistas está aqui, nas ruas e poderá ser ainda maior com paralisações
e greves nos diversos setores da economia”, disse
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