O senador Paulo Paim (PT-RS)
apresentou semana passada um balanço dos
trabalhos referentes ao primeiro semestre da CPI da Previdência. Foram
realizadas 22 audiências desde que foi instalada no Senado.
Na apresentação dos resultados do
primeiro semestre, o presidente da CPI, Senador Paulo Paim voltou a reforçar que é necessário que o
Governo repasse à Previdência os milhões de reais arrecadados à custa do
trabalhador brasileiro, além de reafirmar a inexistência do déficit na
Seguridade Social.
“O relatório sobre os trabalhos da
CPI aponta, com muita certeza, que a Previdência brasileira não é deficitária,
mas sim superavitária. Ela demonstra, por exemplo, que setores do patronato
arrecadam por ano cerca de R$ 25 bi em torno do trabalhador e não repassam à
Previdência, o que é apropriação indébita. Isso é crime”, afirmou Paim.
Além disso, o presidente voltou a
cobrar de grandes bancos e empresas as dívidas e relação à Previdência. “O
relatório também mostra que há uma dívida acumulada de grandes bancos e
empresas, como Itaú, Bradesco, Caixa Econômica, Banco do Brasil, montadoras de
automóveis, e a JBS, que ultrapassa mais de R$ 500 bilhões de reais”, afirmou
Paim.
Desde a instalação da CPI da Previdência
no Senado, o Sindilegis tem acompanhado e dialogado com o presidente e o
relator da Comissão, Senador Paulo Paim e Hélio José, respectivamente, de
maneira a buscar estratégias que visem o sepultamento da reforma no Congresso.
Para o presidente do Sindilegis, Petrus Elesbão, os dados apresentados pela CPI
precisam ser amplamente divulgados para a sociedade.
“A falta de divulgação dos trabalhos
da CPI da Previdência demonstra que é preciso que a sociedade entenda, de fato,
os malefícios que essa reforma trará, caso aprovada. A pressão pelo
sepultamento de projetos maléficos não pode parar. Precisamos que a mídia
divulgue os dados apresentados pela Comissão; precisamos que a sociedade cobre
de seus parlamentares propostas que busquem o aprimoramento do Estado
brasileiro, a garantia de direitos e a certeza de um País mais justo e
democrático”, apontou.
Na ocasião, o relator da CPI, Senador
Hélio José (PMDB-DF), afirmou que pedirá a prorrogação dos trabalhos da
Comissão devido ao extenso volume de dados a analisar. A CPI foi instalada no
final de abril e tem prazo de funcionamento previsto para até 9 de setembro.
Segundo Hélio, o resultado esperado
dessa CPI é propor medidas para mudar a Previdência Social, como uma forma de
combate mais efetivo à inadimplência. "Não é possível convivermos com os
grandes devedores que não estão pagando a Previdência", pontuou o senador.
Fonte: UGT
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