O encontro teve como pauta debater rumores que foram veiculados pela
imprensa, como o arco de aliança entre a UGT e outras centrais sindicais, assim
como esclarecer o posicionamento da Central e os motivos que a fizeram propor
um imposto, específico para financiamento da previdência social.
Segundo Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, muita coisa que foi
veiculada pela grande imprensa é inverídica, principalmente no que se refere a
uma possível fusão com a Força Sindical.
De acordo com o Líder ugetista nada é impossível, já que a própria UGT,
diferentemente das outras entidades, já é uma instituição que nasceu de uma
união entre tres grandes centrais sindicais: Confederação Geral dos
Trabalhadores - CGT, Social Democracia Sindical – SDS, Central Autônoma de
Trabalhadores - CAT e de um amplo grupo de sindicatos independentes.
Patah ressaltou que diferente do que foi publicado pela imprensa, essa
“união ” não passou de uma conversa informal, hoje mais no intuito de
fortalecer a ação das centrais em bandeiras de luta unitarias, mas que ao olhar
para o futuro, encara com boas perspectivas uma possível união das entidades.
Em relação a defesa da UGT pela criação de um imposto específico para
financiamento da previdência, o secretário Geral da Central, Canindé Pegado
resumiu em uma frase. “Se eu tiver que me basear pelo que esta escrito nos
jornais, falando que a UGT defende a volta da CPMF, sou totalmente contra”.
Pegado ressaltou que novamente os veículos de comunicação publicaram
matérias equivocadas, uma vez que a Central defende a extinção do Cofins,
imposto que atinge toda a população, sendo mais danoso para aqueles que recebem
menos. Substituindo esse tributo pela CPMF e taxação de grandes fortunas para o
financiamento da previdência social, principalmente no que se refere a
assistência dada a categorias como os rurais e os pescadores.
Patah lembrou que esta é uma discussão que precisa ser feita e, ao
apresentar a proposta da CPMF exclusiva e a taxação de grandes fortunas, a UGT
busca enfrentar as medidas apresentadas pelo governo do presidente interino
Michel Temer, que visa igualar o tempo de trabalho entre homens e mulheres,
além da criação de uma idade mínima para pedido de aposentadoria.
“Somos contra essas medidas. Como podemos discutir igualar o tempo de
serviços entre homens e mulheres se elas recebem menos que eles, para realizar
as mesmas funções, elas são mais assediadas, normalmente cumprem duplas e as
vezes triplas jornadas de trabalho”, explica Patah.
O presidente falou também da criação de uma idade mínima para
aposentadoria, foi enfático ao defender que a UGT é contrária a essa medida
pois representa uma forma de discriminação contra a camada mais pobre da
população. “Os pobres serão mais prejudicados por uma medida dessas. Tem muita
gente que começa a trabalhar cedo, com 14 anos, isso acontece mais com os mais
pobres, na classe média não tem isso, ou eles fazem o possível para que isso
não aconteça”, diz.
As duas pautas, tanto a CPMF com taxação de grandes fortunas para a
previdência, quanto a questão do arco de aliança com outras centrais foram
amplamente debatidas durante todo o dia, contudo os temas voltarão a ser
discutidos em reuniões futuras.
Fonte:Imprensa UGT
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