Entidades sindicais pediram nesta terça-feira (20)
ao Supremo Tribunal Federal que suspenda a tramitação da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) enviada pelo governo no início deste mês que estabelece uma
reforma na Previdência Social.
A proposta foi apresentada pelo presidente Michel
Temer no Palácio do Planalto e, entre outros pontos, estabelece idade mínima de
65 anos para homens e mulheres poderem se aposentar.
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara já
autorizou a tramitação da PEC e uma comissão especial analisará o tema a partir
de 2017.
No pedido ao STF, a Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria Química, a Federação dos Empregados de Agentes
Autônomos do Comércio do Estado de São Paulo e o Sindicato Nacional dos
Aposentados Pensionistas e Idosos da Força Sindical pedem à Corte uma liminar
(decisão provisória) para suspender o andamento da proposta por considerar que
a PEC fere direitos fundamentais do trabalhador e do aposentado.
O argumento é que a PEC promove “profundo retrocesso
da seguridade social” e que traz “mudanças significativas à previdência”.
“É fato público e notório que, aos 05 de dezembro de
2016, a Câmara Federal recepcionou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC)
nº. 287/2016, que tem por objeto a reforma da Previdência Social, mas que de
fato promove profundo retrocesso da seguridade social, que por sua vez consiste
no principal pilar de sustentação da Ordem Social preconizada pela Constituição
Federal de 1988”, dizem as entidades na ação.
Segundo o documento, juntamente com a emenda
constitucional que estabelece um limite para os gastos públicos, o governo
promove “um verdadeiro massacre aos direitos dos trabalhadores brasileiros”.
“Como já dito
anteriormente, a seguridade é composta pela tríade da Previdência Social,
Assistência Social e Saúde, de modo que a PEC 287/2016 da maneira como foi
apresentada trará mudanças significativas à assistência social, ao passo que a
saúde já foi vilipendiada com a promulgação da PEC 55/2016, que congelou os
gastos público pelos próximos 20 anos. O que o atual governo promove é um
verdadeiro massacre aos direitos dos trabalhadores brasileiros”, alegam as
entidades
A relatora da ação é a ministra Rosa Weber, que vai
avaliar o pedido de liminar apresentado. No mérito, as entidades querem que o
STF proíba o governo de tratar do tema por medidas provisórias e decretos “a
fim de se proceda ampla discussão entre a sociedade e o governo”.
Fonte: G1.
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