sexta-feira, 26 de junho de 2015

Seminário internacional faz uma radiografia da presença de multinacionais no mercado de trabalho

Leocides Fornazza participando dos debates no Seminário Internacional dos Comerciários

Mais de 400 pessoas participaram da abertura do Seminário Internacional dos Comerciários CNTC – UNI Americas, realizado nos dias 23 e 24 últimos na CNTC, em Brasília.  O seminário que teve seis palestrantes do Brasil e do Exterior  contou com a participação de parlamentares, representantes de federações, sindicatos ,  empresas e trabalhadores além de vários especialistas internacionais  da área trabalhista, principalmente da relação trabalhador brasileiro e grupos empresariais estrangeiros.
Ao abrir o evento ao lado do representante da UNI Americas, Benjamin Parton, o  presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, Levi Fernandes Pinto, falou sobre as dificuldades enfrentadas pelos comerciários em todo o mundo, especialmente no Brasil, que vive um momento crítico com a aprovação de leis que retiram direitos dos trabalhadores.

“Vivemos um momento social e político de suma importância em nosso país. Vivemos o pior da crise, com demissões, jornadas exaustivas, perda de direitos e de garantias constitucionais. O setor empresarial e as multinacionais ditam as regras que os trabalhadores serão obrigados a seguir. Nunca foi tão importante mantermos a união da nossa categoria, transformar as nossas pautas em bandeiras comuns, com ações articuladas, com verdadeira união de discurso e ação”, disse o presidente.
Após a abertura seguiram- se palestras e  debates, com todos os  conferencistas apresentando dados e propostas para ações futuras em favor da Agenda do Trabalho Decente.
“Esse é um tema, aliás, que temos discutido muito aqui na nossa região, com aprofundamento da discussão em reuniões ampliadas  da Federação dos Comerciários do Paraná (FECEP) e UGT-Paraná”, disse o presidente do SINCOMAR, Leocides Fornaza, um dos participantes do Seminário Internacional dos Comerciários.

Um aspecto muito importante dos debates neste seminário, foram as abordagens a respeito da influência de grandes multinacionais no mercado de trabalho da América do Sul, particularmente no Brasil. O presidente da CNTC apontou, por exemplo que “os quatro grandes grupos do segmento de hiper e supermercados do Brasil,  Ceconsud, Carrefour, Walmart e Companhia Brasileira de Distribuição (GPA) concentram 51% do faturamento acumulado das 500 maiore4s empresas do setor. Somente a GPA e o grupo Cerrefour dominam 34%  do mercado”

O que se observa, segundo Levi, e  o seminário refletiu isso, “ é o avanço da dominação do mercado pelos grandes grupos e a dependência maior do trabalhador por essas empresas. Consequentemente também se observa a elevação de causas trabalhistas contra os abusos cometidos por essas empresas, respaldadas pela busca de lucros maiores”.

Na avaliação de Leocides Fornazza  “ seminários como esse fortalece a ação dos sindicatos, confederação e federações contra a exploração do trabalhador no comércio, objetivo maior da constante luta que travamos no dia-a-dia da nossa ação sindical”.






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