Fotos: assessoria do vereador Carlos Mariuci
A Câmara Municipal de Maringá adiou por
três sessões a votação do Projeto de Lei 14.644/18, que trata da abertura dos
supermercados e hipermercados da cidade nos domingos e feriados. O pedido de
retirada da pauta da sessão de terça-feira , 10/4, foi feito por Homero
Marchese e aprovado pela maioria dos vereadores, apesar da
ruidosa manifestação contrária dos trabalhadores, pequenos empresários e
populares presentes à sessão.
A alegação era de que o texto deveria
ser reformulado.
O coautor do projeto, Vereador Carlos
Mariucci, indignado argumentou: “Que não se diga que o projeto foi
incluído de afogadilho na pauta da sessão de hoje, porque ele já passou por
audiência pública, já foi exaustivamente discutido aqui na Câmara, tanto que
trazemos hoje um substitutivo, preparado cuidadosamente após sua maturação,
exatamente para que tivéssemos um texto final que atenda os interesses da comunidade
maringaense”.
Alguns vereadores que se manifestaram
pela suspensão da votação chegaram a dizer que o texto afetaria todo o comércio
em geral, determinando o fechamento de todos o segmento comercial nos domingos
e feriados. Alguns empresários alegaram que até mesmo os serviços funerários e
atendimento das farmácias seriam prejudicados com a nova lei.
“Atribuo esses entendimentos ao
completo desconhecimento do conteúdo do projeto ou a erro grosseiro de
interpretação. O objetivo do projeto é claro e em nenhum momento trata do
fechamento do comércio, mas unicamente fixa um regramento ao funcionamento aos
domingos e feriados no segmento do comércio varejista de gêneros alimentícios,
pois a abertura na forma como vem acontecendo prejudica trabalhadores e o
comércio nos bairro e na região, situação essa confirmada pelo recentíssimo
estudo de impacto econômico realizado pelo Departamento de Economia da
UEM.”(estudo disponível no site da Arquidiocese de Maringá), ponderou Walter
Fernandes, presidente do Conselho de Leigos da Arquidiocese de Maringá, e que
apoia os trabalhadores e pequenos comerciantes nessa luta. Referendando o
argumento do presidente do Conselho de Leigos, o diretor de assuntos jurídicos
do SINCOMAR, Moacir de Moacir, asseverou: “Outra interpretação que não seja
esta é absolutamente desconectada da realidade”, argumenta.
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