sexta-feira, 7 de abril de 2017

Trabalhadores criativos tiveram salários superiores à média em 2015, diz estudo





Os trabalhadores criativos tiveram salários até duas vezes maiores do que empregados de outras áreas em 2015, segundo estudo da Firjan. As remunerações dos criativos chegaram a R$ 6.270, enquanto o rendimento médio mensal do trabalhador brasileiro foi de R$ 2.451 no mesmo período.


O estudo também aponta que a publicidade foi o segmento que mais cresceu em número de empregados: foram 19 mil postos de trabalho criados, um crescimento 17% em relação a 2013.

Os pesquisadores da Firjan Tatiana Sánchez, Joana Siqueira, Cesar Bedran e Gabriel Bichara Santini Pinto, responsáveis pela pesquisa, atribuem a remuneração mais elevada do setor criativo ao nível de qualificação e a especificidade do trabalho criativo. “A indústria criativa demanda trabalhadores com grau de formação e especialização cada vez mais elevado. Criativos gostam de desafios e são remunerados por isso”.

Esse profissional atua na indústria criativa que tem como propósito principal a fabricação de produtos funcionais, podendo integrar elementos criativos em processos mais amplos, como na arquitetura e design. Em 2015, quatro em cada cinco profissionais criativos trabalhavam em outras empresas que não as usualmente associadas ao setor criativo.

Em 2015, o Brasil tinha 851,2 mil profissionais criativos formalmente empregados, frente aos 850,4 mil, registrados em 2013, distribuídos em quatro grandes áreas criativas segmentadas pela Firjan: consumo, cultura, mídias e tecnologia. Entre essas quatro áreas, consumo e tecnologia respondem por mais de 80% dos trabalhadores criativos na economia brasileira em 2015. A área do consumo é a mais numerosa, respondendo por pouco menos da metade dos profissionais criativos brasileiros (44,2% do total). Na tecnologia, manteve-se a tendência de crescimento já apresentada nos últimos anos, com a expansão de 2,4% entre 2013 e 2015, apesar da moderada redução no número de trabalhadores empregados em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no período.

Por outro lado, as áreas de mídias e consumo registraram recuo no número de trabalhadores formais entre 2013 e 2015: -6,2% e -1,2% respectivamente.

“Será necessário fazer cada vez mais com cada vez menos, avançando nas agendas de eficiência e otimização de recursos, financeiros ou não. Este é o momento de renascimento e reorganização da economia, no qual a área criativa terá papel estratégico. Criativos buscam soluções para as questões que já existem e, mais importante, para aquelas que sequer estão totalmente formuladas”, afirmaram os pesquisadores.

O estudo “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil: os profissionais criativos no cenário de crise” está no Atlas Econômico da Cultura, lançado pelo Ministério da Cultura na quarta-feira (5).

Fonte: G1


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