O diretor secretário-geral da
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), Lourival Figueiredo
Melo, rechaçou o argumento do governo de que 5 milhões de novos postos de
trabalho serão gerados com a Reforma Trabalhista (PL 6787/16).
“Se aumenta a jornada, não se geram empregos. Em lugar nenhum do mundo isso
aconteceu”, apontou. Na visão do sindicalista, para se gerar empregos, é
preciso reduzir a jornada de trabalho.
As
declarações foram dadas em audiência pública na Comissão Especial da Reforma
Trabalhista. Para o representante da CNTC, o aumento da atual jornada diária de
8 horas, permitido pela proposta, poderá ainda afetar a saúde do trabalhador,
além de seu convívio social e com a família. “E que horas esse trabalhador vai
se qualificar? O trabalhador não terá hora de descanso ou lazer? A proposta
aumentará ainda mais o número de afastamentos por doenças ocupacionais”,
questionou Lourival Figueiredo Melo.
Melo
criticou ainda a possibilidade, contida no texto, de que os acordos entre
patrões e empregados reduzam o intervalo de almoço para 30 minutos (hoje a lei
prevê intervalo mínimo de 1 hora). Conforme ele, toda vez que existe uma crise
no país, atacam-se os direitos trabalhistas, com o objetivo de se gerar
empregos, o que acaba não acontecendo. “E quando se atacam os direitos, estamos
tirando renda dos trabalhadores”, disse.
Fonte: site da CNTC
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