Reformas como a trabalhista e a
previdenciária, nos moldes propostos pelo governo do presidente Michel Temer
(PDMB), podem até atender aos apelos do mercado, mas deixam de fora interesses
básicos do cidadão –justamente o maior afetado por elas, e o que menos ou nada
foi chamado a participar dessa discussão.
A opinião é da CNBB (Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil), entidade que, nas últimas semanas, se reuniu
com representantes de centrais sindicais
no debate por uma agenda de mobilização contra as reformas. No último dia 23, a
entidade divulgou uma nota em que criticou duramente a reforma
previdenciária ao afirmar, por exemplo, que a proposta defendida pelo governo
"escolhe o caminho da exclusão social".
"Por que não discutir
abertamente com a sociedade temas como esses, mas sem se preocupar em sinalizar
apenas para o mercado, e sim, preocupado com o cidadão? Não é possível, a
partir de um gabinete, determinar o que um cidadão pode ou não", afirma o
secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, 66.
Arcebispo auxiliar de Brasília
e desde 2001 secretário-geral da entidade, Steiner falou sobre como a representação máxima dos bispos,
de um país ainda de maioria católica, pretende atuar em relação às medidas
defendidas por Temer, seja em posicionamentos oficiais ,seja em ações práticas
nas comunidades eclesiásticas –como, por exemplo, a abordagem crítica das
reformas em missas.
"Não é uma posição
político-partidária, mas política, no sentido da polis, do cuidado de todas as
pessoas. É importante que se debata e que se converse sobre isso. E
faremos", afirmou.
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