segunda-feira, 4 de julho de 2016

Anúncio de corte no auxílio doença preocupa trabalhadores



O governo vai passar um pente-fino nos benefícios de quem ganha auxílio-doença há mais de dois anos. A alegação é que há suspeitas de irregularidades. De imediato, o governo diz que não haverá mudança, mas as pessoas vão ser notificadas. O auxílio-doença é um benefício pago pelo INSS ao trabalhador que está doente ou que sofreu algum tipo de acidente. Para ganhar o auxílio, o beneficiário precisa comprovar que está incapaz e ter pelos menos um ano de contribuição. Só fica isento de tal exigência quem sofreu um acidente de trabalho ou está com alguma doença prevista em lei, como câncer. O trabalhador deve estar afastado há pelo menos 15 dias corridos ou intercalados dentro de 60 dias.

O governo gasta por ano R$ 23 bilhões com o auxílio-doença, sendo que R$ 13 bilhões vão para pessoas que recebem o benefício há mais de dois anos. E isso chamou a atenção do governo interino de Michel Temer porque há suspeita de fraudes. Agora, o Ministério do Planejamento quer fazer um pente fino para saber quem realmente tem direito ao auxílio. É uma tentativa de frear os gastos com o INSS e economizar. “Seguramente nós teremos uma surpresa altamente positiva, vamos ver bilhões serem reconduzidos ao Tesouro Nacional”, disse o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

O receio dos trabalhadores é que o corte atinja quem precisa de fato do benefício e a ele faz jus. Por mais que o ministro Padilha  diga que até o fim do ano os benefícios não serão cancelados, o risco de injustiças parecem evidentes.  “A mensagem que eu acho importante é que as pessoas não se preocupem de imediato porque elas serão notificadas e agendadas no momento adequado, sem atropelos”, garantiu o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Na verdade, o ministro deixa claro que a preocupação do governo não é com os que precisam do auxílio doença, mas sim,  de apenas cortar gastos. É aí que mora o perigo,
   .  Assessoria de Comunicação do SINCOMAR



Nenhum comentário:

Postar um comentário