FERNANDO BRITO (blog Tijolaço)
No duro
caminho para a formalização das relações de trabalho estamos andando para trás.
A
“recuperação do emprego” que os jornais anunciam hoje é uma expressão
absolutamente imprópria.
O
emprego não aumentou.
O
que aumentou foi o “bico”, a “viração”, o “biscate”, o “por conta própria”.
Da análise do próprio IBGE,
sublinho:
O
número de empregados com carteira de trabalho assinada (33,3 milhões) ficou estável frente ao trimestre anterior (abril-maio-junho
de 2017). No confronto com o trimestre de julho-agosto-setembro 2016, houve queda de -2,4% (menos 810 mil).
A
categoria dos trabalhadores por conta própria (22,9 milhões de pessoas) cresceu 1,8% em relação ao trimestre
abril-maio-junho (mais 402 mil pessoas). Em relação ao mesmo período de 2016, houve alta de
4,8% (mais 1,1 milhão de pessoas).
Ideal
para o momento que vai se abrir, com a nova (anti)lei trabalhista, que vai
liberar o trabalho “de banco”.
Não,
não o de bancário, esta categoria cada vez menor e mais explorada. É o de
banco, mesmo: você fica sentado esperando o patrão chamar para trabalhar apenas
na hora que ele quer, ganhando um trocado.
A
empresas estão “abrindo vagas”, dizem as notícias de hoje. Será
o “bico” legal, onde se usa o trabalhador na hora de ganhar mais dinheiro e, em
seguida, dá dez-mil réis e manda embora.
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