sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Fundos de investimento desistem (por enquanto) de comprar o Walmart



Na negociação para a venda do Walmart no Brasil, alguns fundos de investimento que avaliaram a operação desistiram do negócio, após discordâncias que poderiam dificultar o plano dos investidores para a rede, segundo apurou o Valor. A hipótese de ter que pagar royalties à varejista após a venda do negócio é uma possibilidade levantada pela rede. A proposta não caiu bem entre alguns fundos, diz uma fonte a par do assunto.

Cálculos mais modestos para o valor da empresa têm sido feitos pelos potenciais compradores, e isso já foi sinalizado à varejista. Em 2016, a terceira maior varejista de alimentos do país faturou R$ 29 bilhões e a última linha do balanço tem oscilado entre lucro e prejuízo desde que chegou ao país, em 1995.  

Além de ser uma aquisição envolvendo alguns bilhões – para se ter uma ideia, o GPA vale em bolsa R$ 20 bilhões e o Carrefour, R$ 30 bilhões-, o negócio de varejo alimentar é uma operação complexa, o que limita número de interessados. Por isso, o fator “gestão” pode ser determinante para o avanço das negociações.

O comprador teria que montar uma nova estrutura de gestão, com revisão de processos e custos, para tentar colocar o negócio nos eixos – algo que não dá para fazer da noite para o dia. Neste caso, a empresa de investimentos 3G tem, além do acesso à capital, sócios com conhecimento profundo do varejo. A 3G tem entre seus acionistas Jorge Paulo Lemann,  um dos sócios controladores da Lojas Americanas e ex-sócio do Walmart na metade dos anos 1990.

Há 23 anos no país, o Walmart avalia sair do Brasil após altos e baixos em seus balanços, nos quais lucros e prejuízos se intercalam, e diversas mudanças no comando. Dezenas de lojas foram fechadas, demissões foram feitas nos últimos anos. Uma reformulação das lojas está em andamento.

Fonte: Valor Econômico.



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