Luiz Carlos Motta
Com
reforço da unidade, o movimento sindical tem fortalecido seu combate às
reformas neoliberais do governo. O Dieese também participa destas estratégias.
Elas têm gerado solidariedade entre as entidades para enfrentar a nova
legislação trabalhista. Esta nova relação entre os sindicatos propõe a condução
de campanhas salariais conjuntas, valorização das Convenções Coletivas e
compartilhamento de estruturas.
As ações
conjuntas também potencializam a luta contra a reforma da Previdência.
Independentemente a qual Central o sindicato é filiado, as manifestações de
repúdio ao fim das aposentadorias começam a tomar corpo nos gabinetes dos
senadores e deputados federais em Brasília e em suas bases eleitorais. Nos
locais de trabalho estão sendo realizadas atividades de conscientização sobre
os efeitos nocivos ao trabalhador e à sua família provocados pelas reformas
trabalhista e previdenciária.
A unidade
dos sindicatos amplia a nossa resistência. É mais uma demonstração de força
contra os desmandos do governo, com destaque às assinaturas de Convenções
Coletivas de Trabalho e Acordos que estão “blindando” o trabalhador diante dos
impactos da nova legislação trabalhista.
Representatividade
A atuação
unitária dos 71 sindicatos filiados à Federação dos Comerciários do Estado de
São Paulo (Fecomerciários) tem valorizado as negociações e, desse modo, a
representatividade destas entidades nos locais de trabalho. Com a efetiva
presença dos sindicatos nas negociações, a proteção aos direitos se amplia.
Fortalecidas,
as negociações garantem avanços que se contrapõem à Lei 13.467. Servem como
exemplos as fixações claras das formas de contratações, remunerações e
jornadas. Com força de lei, Convenções e Acordos também estão protegendo o
trabalhador quando asseguram que as homologações sejam feitas no sindicato.
Igualmente
importante é manter vigentes as cláusulas sociais antes acordadas, contemplar
alternativas de custeio sindical, investir no diálogo capital e trabalho, com a
ressalva de que todo e qualquer processo de negociação seja representado pelo
sindicato.
Luiz Carlos Motta é presidente da Federação dos Comerciários
do Estado de São Paulo e 2° vice presidente da CNTC.
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