sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Na CNTC senador Paim propõe CPI da Previdência

A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) vem intensificando sua atuação no debate nacional em torno da reforma da previdência. O lema é: nenhum direito a menos. Os sindicatos de base também participam das discussões e o SINCOMAR em especial tem estado presente na maioria dos eventos promovidos pela CNTC e UGT, a terceira maior central sindical do país, da qual este sindicato faz parte.
Em recente seminário realizado em Brasília pela  Confederação,  especialistas e lideres políticos contrário a PEC 287 criticaram duramente o Projeto de Emenda Constitucional do Governo, que usa o discurso de uma Previdência deficitária para elevar o teto da aposentadoria a um patamar que impede a maioria dos trabalhadores em atividade laborial a se aposentarem. Pelas novas regras, muitos não viverão para usufruir do benefício da aposentadores, com a qual contribui enquanto estiver forças para trabalhar.
 Entre os debatedores do seminário estava o senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal. Segundo ele “a proposta do governo Temer praticamente acaba com as aposentadorias especiais e que a idade mínima de 65 anos para aposentadoria prejudicará quem começa a trabalhar mais cedo. As aposentadorias especiais praticamente desaparecem e todos terão que ter no mínimo 65 anos de idade. E ainda vem aquela frase ‘se o IBGE disser que a expectativa de vida aumentou’, aumenta também a idade”.
O senador está coletando assinaturas para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito. O objetivo é fazer um levantamento detalhado de toda contabilidade do Sistema de Seguridade Social para verificar se são verdadeiras as informações prestadas pelo governo de que a Previdência Social é deficitária.
O senador sustenta que o Orçamento da Seguridade Social é superavitário. Ele desafia o governo a aceitar a realização de uma CPI para investigar com profundidade as contas da Previdência Social e pergunta: “Quem tem medo de CPI? Eu não tenho. Só queremos transparência absoluta”, defende o senador.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), Levi Fernandes Pinto, a proposta em tramitação na comissão da Reforma da Previdência – com previsão da gestão Temer para aprovar até julho – desfigura o sistema da previdência social conquistado ao longo dos anos e dificulta o acesso a aposentadoria e demais benefícios à população brasileira que contribuiu durante toda a sua vida.
“O Brasil clama por desenvolvimento e por emprego. Mas querem colocar a culpa da crise e do desemprego nos direitos trabalhistas e previdenciários. O trabalhador, sempre o lado fraco da balança, mais uma vez será penalizado. Injustificadamente nenhuma contrapartida é proposta ao empregador, tampouco foram sugeridas mudanças nos mecanismos de remanejamento orçamentário, como é o caso da DRU, que atualmente permite a retirada de 30% dos recursos da seguridade social. O que o governo quer é que o suposto rombo previdenciário seja custeado totalmente às expensas dos direitos dos trabalhadores. Com a desculpa de modernização da CLT, eles querem aprovar o que sempre defendeu o setor patronal: a precarização dos direitos trabalhistas e previdenciários”, afirmou o presidente da CNTC.
                                                                                       Fonte: site da CNTC


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